Embora famoso por conter uma das mais poderosas
e bem realizadas cenas de sexo do cinema (com a espetacular Halle Berry no auge
da beleza), esse detalhe acabou ofuscando os inúmeros méritos deste ótimo filme
independente que chamou uma certa atenção para o trabalho do diretor Marc
Forster que, nos anos seguintes, enveredou por vários gêneros diferentes,
embora este tenha se mantido como seu melhor trabalho (à exceção do belíssimo
“Em Busca Da Terra Do Nunca”).
O trabalho de guarda no corredor da morte
acompanha a família de Hank (Billy Bob Thornton) a gerações: Outrora seu pai
(Peter Boyle), agora aposentado e senil, trabalhou lá, e agora, Hank trabalha
ao lado de seu filho (Heath Ledger).
É lá que Hank conhece um dos próximos
condenados à cadeira elétrica, Lawrence (Sean Combs), um criminoso negro que
esconde uma certa sensibilidade artística. Após sua execução, Hank conhece
Letícia (Halle Berry), a ex-esposa do prisioneiro, com quem ele teve um filho.
Quando ambos enfrentam coincidentemente um momento muito trágico, ele se
envolve com ela, a despeito da natureza extremamente preconceituosa de sua
família, sobretudo seu pai.
É uma parábola pesada e
lúgubre sobre o conformismo social perante discriminações arraigadas na
sociedade norte-americana e a busca perene por uma libertação dessa injusta
realidade. Muito bom que o estilo seco da narrativa possa contar com a vantagem
de uma interpretação brilhante de Halle Berry, premiada com o Oscar.
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