Existem filmes, como este daqui, que são
válidos por um determinado elemento. No caso de “Secretariat” nem é tanto sua
trama que, apesar de bem amarrada e amparada numa impressionante história real,
acaba sendo tão parecido em ritmo, tom e opção visual ao superior
“Seabiscuit-Alma de Herói”, que a sensação requentada é inevitável.
Na verdade, o que faz “Secretariat” valer a
pena é Diane Lane, que no papel da protagonista Penny Chenery, a herdeira e proprietária
do cavalo de corrida “Secretariat”, conduz com desenvoltura a trama.
Outro que contribui para elevar a qualidade da
apreciação da obra é John Malkovich, o ladrão de cenas nato do cinema, e que
vez ou outra abraça um trabalho pela simples intenção de se divertir: E ele
parece se esbaldar com o papel de Lucien Laurin, o treinador reticente,
rabugento e pretensamente estiloso que Penny Chenery irá contratar a fim de
guiá-la pelos melindrosos caminhos das corridas de cavalo.
Verdade seja dita: Tão espantoso e genuinamente
incrível era a história do cavalo Secretariat que se fazia inevitável que ele
virasse um filme. E o selo Disney –produtora deste filme –apenas garante a dose
de emoção, perseverança e superação “feita para a família” que a premissa
originalmente já tinha.
É envolvente, previsível (seus lances de
roteiro são de uma obviedade que chegam ao banal), mas também despretensioso (e
não podia ser mesmo diferente), e deixa uma sensação boa quando termina.
Uma autêntica ‘sessão da
tarde’ realizada na época errada.
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