quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Apenas Uma Vez

Jovem cancioneiro de rua irlandês (Glen Hansard, que participou do musical oitentista “The Commitments-Loucos Pela Fama”) conhece uma jovem imigrante tcheca cheia de vida (Marketa Irglova) que lhe dá novas esperanças acerca de sua vida, sua carreira e sua música. Eles se apaixonam, a despeito dela já ser casada e ele possuir uma namorada em Londres, mas esse amor não encontra futuro algum nos planos que fazem.
Neste belíssimo trabalho de esforços neo-realistas, o diretor John Carney, ao valorizar o improviso e a espontaneidade da encenação e fazendo a música se harmonizar com o próprio filme, começou a tatear um estilo vívido e autêntico que se expressou com cada vez mais contundência e força em seus projetos seguintes –e, para tanto, é bastante significativa a escolha de Hansard e Irglova como o par protagonista: Não por alguma experiência dramática, mas pela indisfarçável desenvoltura que eles demonstram nas seqüências musicais. E como diretor John Carney é sensato o bastante para moldar personagens e narrativa em torno dos detalhes que se apresentam funcionais (compreende-se nitidamente que ele desenvolve a trama com base na timidez como atores do casal, assim como sua exuberância como músicos).
O fato de o filme ser definido pelo clima que se constrói em torno dessa encenação torna necessário gostar do estilo musical de seus intérpretes, mas ele é uma experiência profundamente emocionante.

A bela canção “Once” levou o Oscar de Melhor Canção Original em 2008.

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