Jovem cancioneiro de rua irlandês (Glen
Hansard, que participou do musical oitentista “The Commitments-Loucos Pela Fama”)
conhece uma jovem imigrante tcheca cheia de vida (Marketa Irglova) que lhe dá
novas esperanças acerca de sua vida, sua carreira e sua música. Eles se
apaixonam, a despeito dela já ser casada e ele possuir uma namorada em Londres,
mas esse amor não encontra futuro algum nos planos que fazem.
Neste belíssimo trabalho de esforços
neo-realistas, o diretor John Carney, ao valorizar o improviso e a
espontaneidade da encenação e fazendo a música se harmonizar com o próprio
filme, começou a tatear um estilo vívido e autêntico que se expressou com cada
vez mais contundência e força em seus projetos seguintes –e, para tanto, é
bastante significativa a escolha de Hansard e Irglova como o par protagonista:
Não por alguma experiência dramática, mas pela indisfarçável desenvoltura que
eles demonstram nas seqüências musicais. E como diretor John Carney é sensato o
bastante para moldar personagens e narrativa em torno dos detalhes que se
apresentam funcionais (compreende-se nitidamente que ele desenvolve a trama com
base na timidez como atores do casal, assim como sua exuberância como músicos).
O fato de o filme ser definido pelo clima que
se constrói em torno dessa encenação torna necessário gostar do estilo musical
de seus intérpretes, mas ele é uma experiência profundamente emocionante.
A bela canção “Once” levou o Oscar de Melhor
Canção Original em 2008.
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