quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Ponte Para Terabítia

Jesse (Josh Huthcerson, o Peeta de “JogosVorazes”) vive a rotina de um garoto colegial no interior norte-americano: Sofre o bullying habitual dos colegas valentões, administra as relações diversas com os professores e as professoras (incluindo uma paixão platônica pela bela professora de música vivida por Zooey Deschanel), e em casa passa despercebido pela truculência do pai (Robert Patrick, o T-1000 de “Exterminador do Futuro 2”) e pelas intermináveis implicâncias de suas irmãs.
Aos poucos, seu dia-a-dia adquire uma nova coloração quando se estreita sua amizade com Leslie (Anna Sophia Robb), a nova aluna do colégio, também ela alvo de certo bullying e, por acaso, filha dos moradores de uma casa nas proximidades da sua.
Filha de pais escritores que, no geral, não lhe dão atenção, Leslie sofre uma indiferença com a qual Jesse se identifica –e o encanto natural da jovem Anna Sophia Robb faz todo o resto!
A medida que aprofundam sua amizade, as duas crianças criam juntas um mundo de imaginação chamado Terabítia cujo acesso eles pressupõem ser o bosque local que sempre visitam juntos.
Do enredo que predomina em sua quase totalidade ao trabalho ginasiano e pouco esforçado do diretor Gabor Csupo, tudo neste “Ponte Para Terabítia” sugere um filme genérico, daqueles que nos deparamos incontáveis vezes na TV sem que desperte qualquer interesse.
E é esse tipo de filme que ele é em seus dois primeiros terços.

No entanto, o terço final tem uma guinada bastante inesperada –difícil, porém, é alguém assisti-lo hoje sem saber o que vai acontecer –que dá um viés dramático renovado à desajeitada mescla de drama colegial e fantasia juvenil que vínhamos vendo até então. Uma sacada com lances autobiográficos da autora Katherine Paterson que valorizava o livro que ela escreveu e que valoriza o filme do qual foi adaptado.

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