Jesse (Josh Huthcerson, o Peeta de “JogosVorazes”) vive a rotina de um garoto colegial no interior norte-americano:
Sofre o bullying habitual dos colegas valentões, administra as relações
diversas com os professores e as professoras (incluindo uma paixão platônica
pela bela professora de música vivida por Zooey Deschanel), e em casa passa
despercebido pela truculência do pai (Robert Patrick, o T-1000 de “Exterminador
do Futuro 2”) e pelas intermináveis implicâncias de suas irmãs.
Aos poucos, seu dia-a-dia adquire uma nova
coloração quando se estreita sua amizade com Leslie (Anna Sophia Robb), a nova
aluna do colégio, também ela alvo de certo bullying e, por acaso, filha dos
moradores de uma casa nas proximidades da sua.
Filha de pais escritores que, no geral, não lhe
dão atenção, Leslie sofre uma indiferença com a qual Jesse se identifica –e o
encanto natural da jovem Anna Sophia Robb faz todo o resto!
A medida que aprofundam sua amizade, as duas
crianças criam juntas um mundo de imaginação chamado Terabítia cujo acesso eles
pressupõem ser o bosque local que sempre visitam juntos.
Do enredo que predomina em sua quase totalidade
ao trabalho ginasiano e pouco esforçado do diretor Gabor Csupo, tudo neste
“Ponte Para Terabítia” sugere um filme genérico, daqueles que nos deparamos
incontáveis vezes na TV sem que desperte qualquer interesse.
E é esse tipo de filme que ele é em seus dois
primeiros terços.
No entanto, o terço final tem uma guinada
bastante inesperada –difícil, porém, é alguém assisti-lo hoje sem saber o que
vai acontecer –que dá um viés dramático renovado à desajeitada mescla de drama
colegial e fantasia juvenil que vínhamos vendo até então. Uma sacada com lances
autobiográficos da autora Katherine Paterson que valorizava o livro que ela
escreveu e que valoriza o filme do qual foi adaptado.
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