Dentre as tantas tentativas de reinvenção que o
film noir sofreu ao longo das décadas depois que seus exemplares ganharam ares
cults e clássicos, este talvez tenha suscitado algum interesse pelo alto grau
de vulgaridade irrestrita que o diretor Richard T. Heffron lhe emprestou.,
Na trama, Armand Assante (um ator muito bom,
porém, facilmente inclinado em ceder ao egocentrismo canastra de alguns
personagens) empresta sua desenvoltura ao detetive Mike Hammer que, para o bem
e para o mal, lhe cabe feito uma luva.
Policial cheio dos mais característicos
maneirismos, Hammer tem seu melhor amigo assassinado (claro!) e abandona os
protocolos restritivos da investigação oficial ao dedicar-se a encontrar o
responsável com a única intenção de vingar-se. O bandido em questão trata-se de
um psicopata imprevisível que mata mulheres, em especial, as garotas de
programa agenciadas por algumas casas específicas –entre as quais, as
deliciosas gêmeas Leigh e Lynette Harris, de presença (e nudez) assídua em
diversos filmes dos anos 1980.
E aí estão os elementos que
tornam “Eu Sou A Lei” um filme a ser lembrado: Se a trama e o modo com que é
contada reforçam a impressão nada coincidente de episódio de TV esticado (este
filme, mais tarde, virou realmente a série de TV “Mike Hammer”), os seus
estremos alcançados com certo fetiche o tornam palatáveis e até memoráveis: O
sangue, a violência e a nudez constantes e desmedidos –e no que tange à nudez e
à sensualidade a participação mais expressiva é da morena Barbara Carrera.
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