Dirigido pelo mesmo David R. Ellis que comandou
“Serpentes A Bordo”, “Terror Na Água” não evita a enxurrada em obviedades
referenciais cinematográficas que se evidenciam desde sua premissa: A rigor,
este é um filme onde um grupo inescapavelmente genérico de jovens americanos se
acha num pântano da Flórida com ramificações no mar e que, por força de
circunstâncias forçadas, acaba vítima do ataque de monstruosos tubarões.
A jovem heroína, sempre altiva, recatada e
eloquente, é vivida por Sara Paxton (a protagonista de “Hotel da Morte”). Ao lado
dos amigos, ela aproveita um fim de semana para voltar à região onde cresceu, um
rio de extensões pantanosas que parece paradisíaco ao dia, e infernal à noite.
O primeiro ataque de tubarão sequer espera o
sol se por para acontecer –e como é de se prever, ele acontece com todos os
expedientes narrativos decalcados do trabalho seminal de Steven Spielberg; e,
de fato, não há como abordar ataques de tubarão no cinema sem abordá-lo. Mas, a
execução de David R. Ellis poderia ter um pouquinho mais de personalidade.
Nem mesmo os esforços do roteiro na segunda
metade para fazer com que o filme siga rumos distintos (e para transferir o
antagonismo para outro lugar) arranham essa sua inclinação ao clichê: Isso
porque ao tentar seguir por um novo caminho, o filme se torna também improvável
e inverossímil; agora, os tubarões são também produtos de alguma experiência
que dois inescrupulosos pescadores perpetraram (um deles, vivido por Chris Carmack,
com uma pinta de galã às avessas, arrogante, soturno e dividindo um passado
amoroso com a mocinha).
Em sua imitação ginasiana de todos os
sub-gêneros que flutuam sobre sua premissa o filme não consegue sequer se fazer
divertido, levando-se por demais à sério.
Um desperdício de tempo.
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