Nos anos 1950, no meio rural dos EUA, uma
professora primária, divorciada e recém-chegada da cidade grande (Helen Shaver)
e a impetuosa enteada (Patricia Charbonneau) da senhora que a acolheu caminham
lentamente para um envolvimento homossexual.
Durante a maior parte de seu tempo, o romance
lésbico concebido pelo diretora Donna Deitch parece evitar o próprio tema que
adota em prol de uma excessiva sutileza: Ela hesita em aprofundar-se na
intimidade das suas protagonistas; procrastina ao máximo a história de amor
assim anunciada para dar atenção a coadjuvantes irrelevantes à trama; e
salienta bem mais os empecilhos do preconceito do que os impulsos românticos
supostamente centrais à premissa.
Ao expectador que superar
esse viés enfadonho da narrativa, o filme de Donna Deitch presenteia com um
desenlace trazendo uma das melhores e mais bem filmadas cenas de sexo do cinema
dos anos 1980, conduzida com a devida sensibilidade que se espera de uma mulher
na direção.
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