A primeira grande mudança experimentada pela
Academia de Artes Cinematográficas e pelo Oscar, no que diz respeito às
inúmeras transformações que o cinema sofreu ao longo dos anos, foi a conversão
do cinema mudo para o falado –“O Cantor de Jazz”, o primeiro filme sonoro,
havia sido lançado dois anos antes.
Inicialmente recebido com relutância e até
descrença –muitos acreditavam ser aquele um modismo passageiro! –o som chegou
mostrando que o modo antigo de se fazer e se assistir cinema tinha ficado para
trás.
A Academia a fim de se mostrar receptiva às novidades
reconheceu essa inovação introduzindo, em sua terceira cerimônia ocorrida em 5
de novembro de 1930, a categoria de Melhor Som; na qual o vencedor foi o drama “O
Presídio” –embora a maior conquista desse filme tenha sido o Oscar de Melhor
Roteiro conquistado, pela primeira vez na história, por uma mulher, a
roteirista Frances Marion.
O grande vencedor da noite foi o curioso drama
de guerra “Sem Novidades No Front” que retratava, com um subtexto crítico e
pacifista, a história de jovens soldados alemães na Primeira Guerra Mundial –o fator
de curiosidade se deve pelo fato de que faltavam ainda cerca de dez anos para a
eclosão da Segunda Guerra Mundial, e “Sem Novidades No Front”, que obteve
sucesso de público e crítica em todo o mundo, foi recebido com indiferença
apenas na Alemanha pré-nazista.
Infelizmente, um indício do que estava por vir.
MELHOR
FILME
"Sem
Novidades No Front"
MELHOR
DIREÇÃO
"Sem
Novidades No Front", Lewis Milestone
MELHOR
ATRIZ
Norma
Shearer, "A Divorciada"
MELHOR
ATOR
George
Arliss, "Disraeli"
MELHOR
FOTOGRAFIA
"Byr
No Pólo Sul"
MELHOR
SOM
"O Presídio"
"O Presídio"
MELHOR
ROTEIRO
"O
Presídio"
MELHOR
DECORAÇÃO DE INTERIORES
"O
Rei do Jazz"
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