Um dos maiores sucessos dos últimos tempos da Netflix, “Alerta Vermelho” sacia o público não apenas com a fórmula usual de montagem frenética, fotografia exuberante e ação extravagante, mas também com um trio estelar de carisma inabalável: Gal Gadot, Dwayne “the Rock” Johnson e Ryan Reynolds.
O tipo de escalação que, em si, já seria apelo
de sobra para a produção –caso você não lembre, Gal é a intérprete da “MulherMaravilha”; The Rock fez, entre muitos outros, a “Saga Velozes e Furiosos”; e
Reynolds é o “Deadpool” –o filme, escrito e dirigido por Rawson Marshall
Thurber (da comédia “Família do Bagulho”), ainda agrega elementos divertidamente
exagerados que, em sua maior parte, evitam as similaridades mais banais com
filmes de ação genéricos para evocar elementos de sub-gêneros mais refinados, como
thrillers de espionagem ao estilo James Bond e filmes de assalto.
The Rock é John Hartley, agente analista de
perfil do FBI. Reynolds é Nolan Booth, um ladrão especializado em roubos
impossíveis, e dos objetos preciosos mais inestimáveis. O caminho de ambos se
cruza, aparentemente por acaso, quando lhes chama a atenção a histórias de três
ovos incrustados de pedras preciosas, relíquias que pertenceram à Cleópatra: Um
deles, exibido na Itália (palco do roubo vertiginoso que abre o filme); o
segundo bem guardado numa coleção particular na Espanha; e o terceiro cujo
paradeiro é, na opinião de muitos, um completo mistério.
Reunir os três é, para qualquer caçador de
preciosidades que se preze, um verdadeiro desafio. Daí o interesse de Booth
neles. Todavia, não tarda para que Hartley o capture –numa das primeiras dentre
as muitas reviravoltas do filme, as quais se equilibram umas sobre as outras
sem se importar com a verossimilhança.
Supondo que o caso foi encerrado, Hartley se
prepara para voltar aos EUA, entretanto, é preso numa cilada: Seus documentos
foram apagados, sua identidade no FBI foi adulterada e, após a descoberta de
que o ovo recuperado é falso, as suspeitas do roubo inevitavelmente se transferem
de Booth para ele –e eis que Hartley vai para a mesma penitenciária na Sibéria
que ele!
É nesse ponto que “Alerta Vermelho” finalmente
revela o terceiro (e sensacional) vértice de seu triângulo de protagonistas:
Gal Gadot, linda, hábil e brilhante num astuto e irônico papel vilanesco. Ela
revela ter planejado tudo, a incriminação de Hartley e a captura de Booth, e
agora, espera que ambos fujam de lá para que indiquem à ela a localização do
terceiro ovo –segredo que, por razões ainda misteriosas, somente Booth conhece.
Os dois, contudo, têm seus próprios planos:
Hartley quer prender a ladra e restaurar sua carreira e inocência; Booth
deseja, em algum momento, escapar de todos eles, de preferência, com algum
tesouro debaixo do braço. E nesse processo, ambos devem forjar uma improvável
parceria que, pouco a pouco, adquire nuances de genuíno companheirismo.
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