quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Terremoto - A Falha da San Andreas

Não é um filme que eu tenha o hábito de comentar aqui, mas acho que devo falar de tudo um pouco, então, vamos lá:
Registros sísmicos do laboratório de geologia da Califórnia apontam um evento sem precedentes: Um terremoto de proporções magnânimas, aguardado a muito tempo pelos especialistas varrerá a Costa Oeste. Em meio à esse cataclisma, um piloto de helicóptero de operações socorristas precisa reunir sua família: a esposa e a filha, as duas perdidas em algum lugar de São Francisco, centro de toda a convergência.
Não bastasse a enxurrada de filmes-catástrofe a que o público em geral foi submetido nos últimos anos (culpa, em grande medida, de Rolland Emmerich, que realizou a maioria dos trabalhos desse gênero como "O Dia Depois de Amanhã" e "2012"), este aqui ainda por cima é também refilmagem de um filme lançado nos anos 1970 (outra época em que esses filmes proliferaram).
Talvez, devido à tendência natural da proposta em oferecer cenas de impacto, que primam pela forma em detrimento do conteúdo, o cinema-catástrofe tenha encontrado toda essa exposição nos block-busters ao longo das últimas décadas, amparados pela repaginação de efeitos especiais desta era digital.
Prova disso, é que este novo "Terremoto" vem protagonizado por Dwaine Johnson, ainda lembrado por muitos como The Rock, um astro que reflete exatamente o cinema block-buster de ação executado hoje.
Contudo, o fato dele exalar carisma acaba sendo justamente um dos diferenciais em relação a outros trabalhos insípidos, como justamente os dirigidos por Emmerich, onde os astros eram os efeitos digitais.
O elenco tem, além do próprio The Rock, a maravilhosa Carla Gugino, a mais maravilhosa ainda Alexandra Daddario, e o sempre eficiente Paul Giamatti. O restante não passa de participações que, a despeito de uma ou outra importância que o roteiro lhes queira dar, passam completamente batido, caso dos dois irmãos que acompanham Alexandra durante a maior parte do tempo: São rasos e dispensáveis.
O diretor Brad Peyton faz um bom trabalho. Ele não consegue fugir de convenções desse tipo de cinema (especialmente no que diz respeito ao roteiro formulaico), nem de obstáculos logísticos de uma produção desse tamanho, mas ele imprime personalidade às cenas de destruição (com várias e interessantes tomadas que emulam um plano só) e que acabam por valorizar e destacar o filme. Em alguns momentos o trabalho dele faz lembrar o bom resultado que Gareth Edwards obteve com seu "Godzilla".

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