segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Juno

Juno McGuff é uma adolescente do subúrbio norte-americano com um problema que não é tão incomum para garotas na sua idade: Juno engravidou de seu melhor amigo, e está prontamente decidida a entregar o bebê para a adoção já que percebeu (numa cena tão admirável quanto espirituosa) que é incapaz de realizar um aborto. Para tanto, Juno tem o apoio de seu pai, de sua compreensiva madrasta, sua melhor amiga e do jovem casal disposto a ficar com seu bebê. Mas as coisas nunca são tão simples.
Lançado em 2008, este filme independente virou mania entre os jovens norte-americanos, principalmente as meninas que se identificaram de imediato com a personagem Juno (interpretada com primor irreprimível pela ótima Ellen Page). Trata-se de uma comédia esperta com doses equilibradas de drama e seriedade, e um característico ar alternativo oriundo do cinema independente, mas cujos elementos que o compõem são maravilhosamente bem trabalhados pelo diretor Jason Reitman (filho de Ivan Reitman, o realizador de “Os Caça-Fantasmas”).

Não deixa de ser um exemplar cuja semelhança (e, por isso mesmo, uso da fórmula) com “Pequena Miss Sunshine”, lançado no ano anterior, acaba incomodando um pouco, embora certamente seja muito agradável de se assistir, como ele, “Juno” venceu, naquele ano, um merecidíssimo Oscar de Melhor Roteiro Original, entregue à Diablo Cody, sua roteirista que soube equilibrar personagens bem construídos, e situações –muitas extraídas de suas próprias memórias –entrelaçadas numa carpintaria narrativa que privilegia apenas o que de fato importa para a trama avançar.

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