Juno McGuff é uma adolescente do subúrbio
norte-americano com um problema que não é tão incomum para garotas na sua
idade: Juno engravidou de seu melhor amigo, e está prontamente decidida a
entregar o bebê para a adoção já que percebeu (numa cena tão admirável quanto
espirituosa) que é incapaz de realizar um aborto. Para tanto, Juno tem o apoio de
seu pai, de sua compreensiva madrasta, sua melhor amiga e do jovem casal
disposto a ficar com seu bebê. Mas as coisas nunca são tão simples.
Lançado em 2008, este filme independente virou
mania entre os jovens norte-americanos, principalmente as meninas que se
identificaram de imediato com a personagem Juno (interpretada com primor
irreprimível pela ótima Ellen Page). Trata-se de uma comédia esperta com doses
equilibradas de drama e seriedade, e um característico ar alternativo oriundo
do cinema independente, mas cujos elementos que o compõem são maravilhosamente
bem trabalhados pelo diretor Jason Reitman (filho de Ivan Reitman, o realizador
de “Os Caça-Fantasmas”).
Não deixa de ser um exemplar cuja semelhança
(e, por isso mesmo, uso da fórmula) com “Pequena Miss Sunshine”, lançado no ano
anterior, acaba incomodando um pouco, embora certamente seja muito agradável de
se assistir, como ele, “Juno” venceu, naquele ano, um merecidíssimo Oscar de
Melhor Roteiro Original, entregue à Diablo Cody, sua roteirista que soube
equilibrar personagens bem construídos, e situações –muitas extraídas de suas
próprias memórias –entrelaçadas numa carpintaria narrativa que privilegia
apenas o que de fato importa para a trama avançar.
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