Na aguardada continuação de “Piratas do
Caribe-A Maldição do Pérola Negra”, o diretor Gore Verbinski decidiu rodar o
segundo e o terceiro filmes simultaneamente, fazendo das duas produções, uma
espécie de ‘grande saga’ nos moldes do que Peter Jackson realizou na trilogia
“O Senhor dos Anéis” –cujo último episódio, “O Retorno do Rei”, disputou (e
venceu) com “A Maldição do Pérola Negra” o Oscar de Melhores Efeitos Visuais.
Nesta nova aventura, o capitão Jack Sparrow (o
sempre imprescindível Johnny Depp) se defronta com uma espécie de monstro do
mar –Davy Jones, na movimentação, na voz e no gestual do ator Bill Nigh, uma
proeza e tanto do departamento de efeitos visuais –que vem ao seu encalço
reclamar uma antiga dívida: Foi ele quem concedeu a Jack a posse de seu
estimado navio, o Pérola Negra, sob a condição de ele lhe ceder a própria alma
quando chegasse a hora.
Igualmente atrás dele está o casal de noivos
Elizabeth Swann (Keira Knightley) e Will Turner (Orlando Bloom), a fim de
resolver uma série de problemas pendentes diretamente relacionados com o fato
de terem ajudado Sparrow a escapar das autoridades no final do filme anterior.
De olho em tudo, como uma sombra pavorosa está a Companhia das Índias Orientais
–representada no traiçoeiro e vilanesco Lord Cuttler Beckett (Tom Hollander) –disposta
a obter poder para varrer a existência dos piratas da face da terra.
Esta seqüência de "Piratas do Caribe"
é, como poderia se esperar, uma profusão de efeitos especiais, em particular,
àqueles que registram a pavorosa aparição do novo vilão da trama, o monstruoso
Davy Jones, já a história é ainda mais rocambolesca, uma vez que faz parte dos
objetivos comerciais do roteiro que o plot se estenda para além deste filme
(que já ostenta uns nada imodestos cento e cinqüenta e um minutos de duração).
O destaque, contudo,
continua sendo Johnny Depp e seu impagável Capitão Jack Sparrow, a despeito das
presenças geralmente irregulares (e estelares!) de seu elenco: A irritante
(ainda que bela) mocinha Keira Knightley; o insosso galã vivido por Orlando Bloom;
o agora transformado em pirata (e de inexplicada importância à trama) Jack
Davenport; os sub-aproveitados Stellan Skarsgard (no papel de pai de Will
Turner) e Jonathan Pryce (como pai de Elizabeth); o nada carismático Tom
Hollander; e a exótica e interessante Naomi Harris.
Nenhum comentário:
Postar um comentário