Não confundir, por favor, este thriller de
espionagem melindroso e algo cafona com a obra-prima, “Intriga Internacional”,
de Alfred Htichcock (que, aliás, não tem artigo no título!).
Sigourney Weaver –que nos anos 1980 era um
verdadeiro mulherão –interpreta uma prostituta de luxo, de uma categoria
bastante específica: Ela não lembra, em nada, uma garota de programa, o que lhe
permite conciliar a vida dupla de funcionária pública altamente qualificada e
prostituta, numa espécie de “A Bela da Tarde” versão espionagem.
O seu apelo erótico também funciona de forma
distinta ao usual das damas de companhia: Ela se vale de sua inteligência e seu
vocabulário sofisticado, o que faz dela uma acompanhante perfeita para as
festas cheias de classe onde os diplomatas que lá usarem de seus serviços
poderão valer-se de seu aspecto intelectual para manter as aparências.
Freqüentando tais ambientes, não demora para
que esse acesso facilitado que a Dra. Lauren Slaughter, sua personagem, tenha à
informações cruciais desperte o interesse de pessoas dispostas a obter esses
segredos –isso a leva a ser recrutada por Sam Bulbeck (Michael Caine, num papel
estilo galã maduro) com quem passa a nutrir uma afeição crescente, enquanto
caminham juntos na elucidação de uma conspiração contra missão secreta dele:
Mediar um acordo pacífico entre grupos opositores do Oriente Médio.
Embora esse roteiro acabe
adequadamente se valendo de inúmeras armadilhas que a história apresenta em
forma de guinadas pontuais, o diretor Bob Swain, muito adepto de uma roupagem
que remete os thrillers de espionagem europeus, de um ponto em diante parece se
satisfazer com o fato de seu filme entregar como diferencial a nudez de
Sigourney Weaver, que neste filme soa ligeiramente deslocada, o quê interfere
no sex-appeal que sua personagem deveria, mas não consegue, ostentar.
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