sexta-feira, 20 de julho de 2018

Rocky II - A Revanche


Diante do imenso êxito conquistado pelo primeiro filme –cujo extraordinário oportunismo de seu lançamento o levou até ao Oscar de Melhor Filme –era inevitável que houvesse uma continuação; embora nos anos 1970, essa prática do cinema comercial ainda não fosse assim tão comum.
Contudo, até pela maneira como se encerrava, “Rocky-O Lutador” sinalizava com a possibilidade de ter sua trama estendida.
Dessa maneira –e, agora, sob a direção do próprio Stallone –“Rocky II” se inicia exatamente no final do primeiro filme, durante a dramática luta em que o desacreditado pulgilista Rocky Balboa resistiu estóica e honradamente às bordoadas do campeão do mundo Apollo, o Doutrinador, a ponto do júri reconhecer sua derrota apenas por pontos.
Entretanto, nos dias que se seguem àquele episódio, o público se revela pouco satisfeito com uma luta que não terminou em nocaute. Os empresários de Apollo se vêem numa inesperada situação: Os expectadores parecem clamar pela revanche de uma luta outrora montada para ser um mero evento de divulgação. Agora, se vendo pressionados, eles montam uma campanha onde antagonizam Rocky, atacando-o enquanto tentam enaltecer Apollo.
Mas, Rocky parece ter outras prioridades. Se antes seu objetivo era se provar em meio à luta, agora, ele descobre que Adrian está grávida.
Ele será pai. E a fragilidade da gravidez dela o faz impotente e fraco –a despeito de toda sua força física. A revanche, contudo, parece ser iminente, pois a situação vai ganhando uma repercussão junto ao público que nem Rocky nem Apollo são capazes de controlar.
Ainda que explore com demasiado excesso os mesmos expedientes dramáticos do filme original –e, portanto, acaba carente de algum frescor –esta continuação acerta nos rumos que confere ao personagem e à sua trajetória, fazendo soar menos uma seqüência e mais uma condução natural; uma qualidade que se esvaeceu com os filmes posteriores.

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