Com o tempo, outros realizadores além de Hayao
Myazaki passaram a chamar a atenção dentro do Estúdio Ghibli –ao lado do
próprio mestre, houve, por exemplo, Isao Takahata, de “O Túmulo dos Vagalumes”
–dentre os animadores da geração posterior aos honoráveis membros fundadores,
talvez, o mais brilhante tenha sido Hiromasa Yonebayashi, que entregou
recentemente o maravilhoso “As Memórias de Marnie”.
Uma das primeiras realizações a mostrar seu
potencial foi “O Mundo dos Pequeninos”.
Na trama acompanhamos a história de Arietty,
uma garotinha minúscula –de alguns centímetros de altura –que faz parte de uma
espécie chamada ‘pequeninos’. Eles parecem seres humanos em miniatura, e vivem
normalmente próximos dos humanos, sempre às escondidas, pegando emprestado (ou,
no termo deles mesmos, ‘coletando’) aquilo de que precisam: Alimento, tecido,
pequenos itens.
Outrora houveram muitos ‘pequeninos’, mas
atualmente pouco se sabe deles; talvez, sejam uma espécie em extinção. A
própria Arietty não conhece nenhum além de seu pai e sua mãe.
Eles vivem numa casa montada abaixo do assoalho
de um chalé de campo. Esse chalé recebe então a visita de Shawn, o frágil filho
da dona do lugar –que não tem tempo nem de visitar a propriedade, nem de ficar
com o próprio filho.
Shawn sofre do coração –é dito que um mero
esforço físico maior é capaz de fulminá-lo –e está lá para repousar e aguardar
uma cirurgia vindoura.
Atento ao ambiente à sua volta, Shawn acaba se
dando conta da existência dos ‘pequeninos’ e intriga-se, particularmente, com
Arietty.
Assim como ocorre com Ann Darrow e King Kong,
as evidentes proporções distintas tornam impossível a consumação de um romance,
mas a narrativa ainda assim leva o público a perceber um afeto de natureza
romântica surgir entre Shawn e Arietty.
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