quinta-feira, 19 de julho de 2018

O Mundo dos Pequeninos


Com o tempo, outros realizadores além de Hayao Myazaki passaram a chamar a atenção dentro do Estúdio Ghibli –ao lado do próprio mestre, houve, por exemplo, Isao Takahata, de “O Túmulo dos Vagalumes” –dentre os animadores da geração posterior aos honoráveis membros fundadores, talvez, o mais brilhante tenha sido Hiromasa Yonebayashi, que entregou recentemente o maravilhoso “As Memórias de Marnie”.
Uma das primeiras realizações a mostrar seu potencial foi “O Mundo dos Pequeninos”.
Na trama acompanhamos a história de Arietty, uma garotinha minúscula –de alguns centímetros de altura –que faz parte de uma espécie chamada ‘pequeninos’. Eles parecem seres humanos em miniatura, e vivem normalmente próximos dos humanos, sempre às escondidas, pegando emprestado (ou, no termo deles mesmos, ‘coletando’) aquilo de que precisam: Alimento, tecido, pequenos itens.
Outrora houveram muitos ‘pequeninos’, mas atualmente pouco se sabe deles; talvez, sejam uma espécie em extinção. A própria Arietty não conhece nenhum além de seu pai e sua mãe.
Eles vivem numa casa montada abaixo do assoalho de um chalé de campo. Esse chalé recebe então a visita de Shawn, o frágil filho da dona do lugar –que não tem tempo nem de visitar a propriedade, nem de ficar com o próprio filho.
Shawn sofre do coração –é dito que um mero esforço físico maior é capaz de fulminá-lo –e está lá para repousar e aguardar uma cirurgia vindoura.
Atento ao ambiente à sua volta, Shawn acaba se dando conta da existência dos ‘pequeninos’ e intriga-se, particularmente, com Arietty.
Assim como ocorre com Ann Darrow e King Kong, as evidentes proporções distintas tornam impossível a consumação de um romance, mas a narrativa ainda assim leva o público a perceber um afeto de natureza romântica surgir entre Shawn e Arietty.

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