sábado, 27 de julho de 2019

Contrabando

Embora deixe claro em seus créditos iniciais que se trata de uma refilmagem, “Contrabando” é uma incontornável referência ao cinema de Michael Mann.
O personagem de Mark Wahlberg, Chris Faraday, é aquela espécie de ‘criminoso limpo’, relativamente comum na obra de Mann: É honrado, nobre e dedicado à família e aos amigos. Honesto, até, não fosse o fato de ser um às estratégico em termos de contrabando nos EUA.
No entanto, Chris sossegou, motivado pelo casamento com Kate (Kate Beckinsale), os dois filhos que tiveram e a prisão do próprio pai pelo mesmo crime.
É claro que, para efeitos que consequência, o talento posto de lado de Faraday será necessário uma última vez: Seu cunhado, o descuidado Andy (Caleb Landry Jones) contrai uma dívida com um perigoso traficante de drogas (Giovanni Ribisi), e tal dívida, segundo o código pernicioso da criminalidade, se não for saldada por ela, é herdada pela família –Chris e Kate, portanto.
Para juntar todo o dinheiro, Chris deve contrabandear um carregamento de dinheiro da América Latina para o solo americano por meio de um navio, comandado pelo Capitão Camp (J.K. Simmons), conhecedor da fama de Faraday, e por isso mesmo, ávido em pegá-lo com a boca na butija.
No início, parece simples a tarefa do protagonista em resolver as confusões do cunhado, entretanto, o diretor disfarça muito bem as complicações palpitantes que virão: Ele planta personagens específicos que, em seu devido momento, fornecem guinadas pontuais à trama acrescentando a ela uma urgência e um suspense inesperados.
“Contrabando” continua aquém das grandes obras assinadas por Michael Mann, mas o resultado final de seus bem conduzidos desdobramentos criminais prima por oferecer ao expectador um entretenimento de primeira.

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