Em 1985, o diretor australiano Bruce Beresford entregou um filme imediatamente anterior ao seu ganhador do Oscar “ConduzindoMiss Daisy”, trata-se do pouco usual épico bíblico “Rei Davi”.
Pouco usual porque já contavam anos que as
produções bíblicas já haviam deixado de ser regra em Hollywood, porque a
história envolvendo o pequeno Davi não era a mais visada nem mesmo quando tal
prática ainda era comum no cinema americano, e porque a própria direção de
Beresford, atenta às impressões mais particulares das cenas, trabalhava o tempo
todo características peculiares de sua narrativa.
Davi (na fase adolescente vivido por Ian Sears,
de “O Cozinheiro, O Ladrão, Sua Mulher e o Amante”) é um humilde pastor de
cabras que decide, mesmo diante da insignificância de seu físico franzino,
contribuir na guerra em prol de Israel, por volta do ano de 1000 A.C., sob a
bandeira do Rei Saul (Edward Woodward).
Durante o episódio que tornou essa história
mais famosa –mas, que não recebe tanta ênfase assim da direção –Davi surpreende
a todos, adversários e aliados, ao superar, contra todas as probabilidades, o
desafio do gigantesco Golias.
Tal demonstração de bravura o leva a sagrar-se
rei (então, interpretado por Richard Gere, quando o personagem se torna mais
adulto) usurpando Saul do trono.
Contudo, a realeza adquirida com relativa
rapidez não veio junto com sabedoria –no fundamento moral mais específico do
filme –e Davi passa a cobiçar a esposa de um de seus cidadãos, a formosa
Bathsheba (Alice Krige).
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