Demorou um pouco, desde as minhas postagens da
Maratona James Bond para finalmente conseguir assistir o último filme. Nesse
meio tempo, não faltou gente dizendo que o filme era frustrante, que
"Skyfall" era muito melhor e tal, de modo que minha expectativa
estava bastante baixa.
Uma das críticas que mais ouvi foi que a
produção ignorou o público e fez um filme para os fãs de Bond. Pois então, acho
que isso me qualifica como fã de James Bond, pois gostei bastante do filme.
Que "007-Operação Skyfall" é um filme
melhor, não chega a ser uma surpresa: O filme é nada menos do que a melhor
aventura de toda a franquia 007, e manter (ou mesmo igualar) aquele nível
altíssimo a que o diretor Sam Mendes conseguiu chegar era quase uma
impossibilidade.
Em "007 Contra Spectre", contudo, é
dos mais louváveis, o seu esforço em tentar.
A história (que desde o início é profundamente
referencial em relação aos demais filmes de Daniel Craig) tem início com uma
mensagem secreta recebida por Bond, que o coloca em rota de colisão com uma
organização secreta -a Spectre -que teve envolvimento em todos os
acontecimentos dos filmes anteriores, e que tem uma ligação com Bond muito mais
profunda e pessoal.
Curioso notar que uma atriz bastante famosa
como a italiana Monica Bellucci aparece numa quase ponta, muito rapidamente,
ainda que seja essencial para a história.
Consequentemente, rostos conhecidos reaparecem.
Exemplos: os vilões Le Chiffre, e Silva são muito mencionados ao longo da
trama, assim como as falecidas M e Vesper Lynd.
Um dos mais importantes a reaparecer é o Sr.
White (se bem que me parece que ele morre em "Quantun Of Solace" mas,
enfim...) que acaba levando James até sua filha, Madeleine Swann (a pra lá de
linda Léa Seydoux, de "Azul É A Cor Mais Quente"), por quem Bond, que
nãp é nada bobo, logo se interessa.
Mas a grande questão do filme é o chefe da tal
Spectre, interpretado por Christoph Waltz, e que, se você assistiu a todos os
trailers que saíram, até já deve saber quem é.
Talvez seja esse o problema de
"Spectre": Aliada à expectativa provocada pela excelência do filme
anterior, a campanha de marketing não foi das mais inspiradas.
Isso não muda o fato de Sam
Mendes ter criado uma aventura genial, plenamente digna do icônico personagem
que representa, dona de algumas das mais belas cenas de ação do ano e carregada
de imensas qualidades como cinema: Grande diretor, Sam Mendes faz lembrar, por
exemplo, Michelangelo Antonioni e seu "Profissão Repórter" na cena em
que Bond e Madeleine esperam por um rolls royce numa estação no deserto.
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