domingo, 15 de novembro de 2015

John Carter - Entre Dois Mundos

Um dos mais subestimados filmes dos últimos tempos, esta bem elaborada adaptação do clássico centenário de Edgar Rice Burroughs (o mesmo autor de "Tarzan), não teve –e até este momento ainda não tem –o devido reconhecimento por suas qualidades. O tempo deve encarregar-se de torná-lo um desses cults que as futuras gerações de cinéfilos haverão de descobrir. 
Capitão do exército confederado na Guerra Civil Norte Americana, John Carter um dia entra por acaso numa guerra intergaláctica quando acaba teleportado para o planeta Marte, e suas novas habilidades (ele é muito mais rápido e forte naquela gravidade reduzida) servirão, entre outras coisas, para livrar de um casamento arranjado com um tirano, a bela princesa do lugar. 
Marcando a estréia em filmes de live-action (com atores reais) do diretor Andrew Stanton, de vários ótimos longas de animação da Pixar como "Procurando Nemo" e "Wall-E", não é por acaso que o expectador achará enormes similaridades entre este filme e “Star Wars” ou “Avatar” e outras obras clássicas da ficção científica e da cultura pop: Todos eles foram, em alguma medida, influenciados pelo livro de Burroughs. 
E o trabalho do diretor Stanton honra, em todos os aspectos, esse legado: Sua direção é sofisticada, elegante, repleta de preciosismos inspirados que acrescentam uma gama de detalhes encantadores às cenas monumentosas que ele concebe. 
Há alguns erros neste filme, sim (a narrativa se estende demasiado, fruto talvez do fascínio do diretor pelo material; ele deixa-se levar por um exceto de inserções de flashback, que engessam o ritmo de uma de suas melhores cenas de batalha –uma edição que enxugasse tudo isso faria muito bem ao filme), mas são erros tão pequenos e insignificantes diante de seus inúmeros acertos que parece improvável relacionar a eles o seu fracasso comercial. 
Fica aqui então a minha dica de “John Carter” como um filme a ser descoberto.

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