quinta-feira, 23 de junho de 2016

Sem Dor, Sem Ganho

Talvez, esta tenha sido a primeira vez em que vi a direção de Michael Bay trabalhar em função de um propósito narrativo, e não a favor de explosões e tiros no mais alto volume. Seus excessos ainda estão todos lá, é bem verdade, mas aqui parecem apoiar a própria proposta insana deste filme inspirado em fato verídico: A de que a realidade é ainda mais exacerbada e absurda do que a ficção!
Três ratos de academia (Mark Walhberg, Dwuaine ‘The Rock’ Johnson –engraçadíssimo –e Anthonie Mackie) decididos a pegar uma via mais simples para a realização de seu "sonho americano" resolvem sequestrar um dos mais endinheirados clientes da academia onde malham, para assim, através das mais gaiatas torturas, obrigá-lo a passar seus bens para o nome deles. O resulto conduzirá todos numa espiral de crimes que terminará de forma violenta, ainda que hilária!

Baseado no que é considerado o “julgamento mais bizarro da história da Califórnia”, este filme traz um argumento quase absurdo combinando a perfeição com o estilo espalhafatoso, exagerado e acelerado de Michael Bay, dando à trama o enfoque sensacionalista e morbidamente engraçado, sem o qual ela provavelmente não iria funcionar (em um determinado momento, a narrativa se interrompe para praticamente relembrar o expectador que esta ainda é um história real!), além de beneficiar-se de uma escolha muito feliz de elenco: Whalberg, Dwayne Johnson e Mackie estão perfeitos no equilíbrio de humor que seus personagens exigem. Junto deles, um elenco admirável comparece em diversas participações (vamos e venhamos, apesar de tudo, Bay quase sempre reúne atores interessantes em seus projetos...), como Ed Harris, Tony Shaloub e Rebel Wilson. O resultado é uma grata e inusitada surpresa.

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