Talvez, esta tenha sido a primeira vez em que
vi a direção de Michael Bay trabalhar em função de um propósito narrativo, e
não a favor de explosões e tiros no mais alto volume. Seus excessos ainda estão
todos lá, é bem verdade, mas aqui parecem apoiar a própria proposta insana
deste filme inspirado em fato verídico: A de que a realidade é ainda mais
exacerbada e absurda do que a ficção!
Três ratos de academia (Mark Walhberg, Dwuaine
‘The Rock’ Johnson –engraçadíssimo –e Anthonie Mackie) decididos a pegar uma
via mais simples para a realização de seu "sonho americano" resolvem
sequestrar um dos mais endinheirados clientes da academia onde malham, para
assim, através das mais gaiatas torturas, obrigá-lo a passar seus bens para o
nome deles. O resulto conduzirá todos numa espiral de crimes que terminará de
forma violenta, ainda que hilária!
Baseado no que é considerado o “julgamento mais
bizarro da história da Califórnia”, este filme traz um argumento quase absurdo combinando
a perfeição com o estilo espalhafatoso, exagerado e acelerado de Michael Bay,
dando à trama o enfoque sensacionalista e morbidamente engraçado, sem o qual
ela provavelmente não iria funcionar (em um determinado momento, a narrativa se
interrompe para praticamente relembrar o expectador que esta ainda é um
história real!), além de beneficiar-se de uma escolha muito feliz de elenco: Whalberg,
Dwayne Johnson e Mackie estão perfeitos no equilíbrio de humor que seus
personagens exigem. Junto deles, um elenco admirável comparece em diversas
participações (vamos e venhamos, apesar de tudo, Bay quase sempre reúne atores
interessantes em seus projetos...), como Ed Harris, Tony Shaloub e Rebel
Wilson. O resultado é uma grata e inusitada surpresa.
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