Ancorado na magnífica atuação de Sigourney
Weaver, o diretor James Cameron –cujo currículo estava longe de trazer os
títulos portentosos que ele tem hoje, é bom lembrar, só para termos uma idéia
de sua audaz iniciativa naquela época –construiu esta primorosa continuação de
“Alien” oferecendo, como diferencial, doses muito mais generosas de ação e
suspense, contrapondo a adrenalina elevada à inovação técnica e estética e à
atmosfera impecável –extraída dos pesadelos de H.P. Lovecraft –que fizeram o
charme do magnífico filme de Ridley Scott.
É justo afirmar que Cameron entregou a melhor e
mais digna dentre todas as seqüências da saga.
Única sobrevivente do ataque de uma criatura
alienígena à sua tripulação ocorrida no filme anterior, a Tenente Helen Ripley
(Sigourney que, por este trabalho, ganhou uma indicação ao Oscar de Melhor
Atriz) acorda após anos em animação suspensa no espaço, e é resgatada. Mas
descobre que o planeta onde outrora encontrou a criatura agora é colonizado por
pessoas. As autoridades ignoram suas advertências, mas quando perdem totalmente
o contato com a colônia, e suspeitam de que algo muito errado ocorreu, eles a
procuram para acompanhar um grupo de soldados de elite designados a averiguar o
que houve, e eliminar os alienígenas.
Eufórico, tecnicamente
impecável e sombrio como poucos filmes comerciais do período ousaram ser, este
“Aliens-O Resgate” salienta a capacidade inata de Cameron como diretor –que só
ficaria realmente patente em obras ainda mais ambiciosas como “Titanic” e
“Avatar” –ao inserir poderosos elementos dramáticas na narrativa, e fazer disso
um de seus alicerces e diferenciais. Algo que sempre definiu a série “Alien”.
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