Em time que está ganhando, não se mexe, certo?
Com essa idéia em mente, a Marvel Studios, após
o estrondoso sucesso de público e crítica de “Homem de Ferro” optou por lançar,
dois anos depois, a continuação desse trabalho.
Alternativas não faltavam –na época, exceto
pelo Incrível Hulk que ganhou uma nova versão com Edward Norton em 2008, nem
Capitão América, nem Thor tinham seus próprios filmes –mas, a Marvel resolveu
não arriscar e chamou mais uma vez Jon Favreau para a direção. Liderando o
elenco, retornava Robert Downey Jr. garantindo ao filme sua interpretação
irrepreensível como o protagonista Tony Stark.
Uma curiosidade: O intérprete de James Rhodes
do filme anterior, Terence Howard, não voltou para a seqüência, e em seu lugar
foi chamado o ótimo Don Cheaddle que assumiu o personagem e, até o momento, já
viveu Rhodes em quatro filmes.
Após ter revelado sua identidade secreta como
Homem de Ferro no final do filme anterior, o milionário Tony Stark enfrenta
diversos tipos de pressões: Alçado à condição de celebridade ele é pressionado
pelo governo à compartilhar a arrojada tecnologia da armadura, no que são
apoiados pelo melhor amigo de Stark, o Coronel James Rodhes; ao mesmo tempo,
seu ferimento no coração, herdado do ataque do primeiro filme requer uma fonte
de energia constante para não matá-lo.
Enquanto isso, um rancoroso inimigo nutre
planos de vingança contra o Homem de Ferro: ele é Ivan Danko (Mickey Rourke,
uma presença luxuosa), cientista russo que, aliado ao inescrupuloso empresário
Justin Hammer (Sam Rockwell), planeja recriar a armadura usando-a para o mal.
Fica perceptível, em muitos
momentos, um relativo cansaço do diretor Favreau, pelo fato de estar mais uma
vez lidando com os mesmos elementos que tão bem empregou no primeiro filme:
Muitas cenas soam quase como uma repetição disfarçada de algo que ele já havia
feito antes, embora não faltem momentos bastante divertidos a este trabalho,
amparado num roteiro ocasionalmente cômico de Justin Theroux –com quem Downey
Jr. havia trabalho em “Trovão Tropical”. Mais do que dar uma continuidade de
fato à história de Tony Stark, este filme tem por objetivo, enquanto narrativa,
estender os detalhes acerca do Universo Marvel. Para tanto, sua riqueza de
detalhes diversas vezes relega a trama a um segundo plano –o quê é fonte de
críticas para este filme em especial até hoje –enquanto exibe um gancho
explícito para o vindouro filme do Thor (habilmente retomado nessa produção) na
forma do personagem do Agente Coulson (Clark Gregg), bem como a aparição bem
mais estendida e intensa de Nick Fury (Samuel L. Jackson, que no filme anterior
surgiu somente numa cena pós-créditos) e, sobretudo, a esplêndida presença da
Viúva Negra (Scarlet Johansson).
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