Existem filmes que estão acima do bem e do mal.
Certamente, a aventura inaugural de Indiana Jones –um dos mais sensacionais
heróis do cinema –está entre eles.
“Caçadores da Arca Perdida” representava a
reunião de uma equipe cujo resultado do trabalho conjunto dificilmente
escaparia de ser memorável: Lá, estavam o produtor (George Lucas), o roteirista
(Lawrence Kasdan) e o ator (Harrison Ford) de “O Império Contra-Ataca”, até
hoje louvado como o melhor dentre todos os “Star Wars”.
É inclusive o mesmo clima impecável de aventura
vertiginosa, com um equilíbrio raro e de espetacular acabamento entre um tom
sombrio ocasional e uma leveza envolvente que caracteriza ambas as produções.
E isso, porque nem chegamos a falar ainda do
diretor!
Fã dos movimentados filmes de James Bond,
Steven Spielberg compartilhou com o amigo e produtor George Lucas sua intenção
de realizar um filme de aventura, com um protagonista, naqueles moldes. Ele
aplicou nessa narrativa seu amor ao cinema, sua excelência como condutor de
cenas e contador de história, e imprimiu neste filme um clima irresistível que
combinava o descompromisso sedutor das matinês com o primor do cinema da mais
alta qualidade, obtendo com isso um clássico moderno.
1932. Indiana Jones, arqueólogo aventureiro que
cruza o mundo em busca de artefatos raríssimos (e não raro arrisca sua vida por
isso), recebe uma missão do governo norte-americano: numa disputa não declarada
com a Alemanha de Hitler, os EUA desejam obter antes dos nazistas a posse da
mais que preciosa Arca da Aliança, objeto que dizem ter armazenado os dez
mandamentos e que por isso contem o poder de Deus. Ao lado de sua parceira, por
força das circunstancias, Marion Ravenwood (uma adoravelmente irrequieta Karen
Allen), ele ruma para o Marrocos onde perigos e aventuras os aguardam.
Como quem não quer nada,
eis que Spielberg realiza um dos filmes fundamentais do cinema comercial
moderno.
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