Desde muito pequena, Hazel (a promissora
Shailene Woodley) sempre foi doente. Aos 16 anos, a perspectiva de uma vida
longa já lhe havia sido completamente tolhida por um quadro incontornavelmente
pessimista de câncer de pulmão. Na tentativa de administrar a fatalidade, mais
para os outros que a cercam (como seus excessivamente solícitos pais) do que
para si mesma, ela vai a um grupo de apoio, onde conhece o jovem, Gus Walters
(o radiante Ansel Elgort), sobrevivente de um câncer que lhe custou a perna
direita.
Como reza a cartilha hollywoodiana de dramas
destinados ao público adolescente (cujo livro do qual este filme é adaptado
parece seguir à risca), Hazel e Gus se envolvem, enquanto tentam lidar com as
particularidades da vida de cada um: Hazel não vê com otimismo a perspectiva de
construir qualquer relacionamento com Gus ou com quem quer que seja, diante do
fato de que sua vida será tão curta; Gus, por outro lado, vê em tudo uma chance
para saborear a vida como ela se apresenta.
São duas concepções distintas que encontram uma
harmonia em pequenos elementos de compatibilidade (a adoração pelo filme “O
Diário de Anne Frank”, por exemplo) e num sentimento que logo se torna
recíproco.
A direção de Josh Boone conduz o filme com
sensibilidade, enaltecendo as características do best-seller de John Green que
fizeram sucesso no meio literário, e que repetiram um certo êxito em sua versão
para cinema: A sensação de que o fim é incontornável permeia todos os seus
momentos, fazendo com que as lágrimas sejam inevitáveis.
Seus personagens nunca
questionam a vontade de viver que arde dentro deles, cientes de que a culpa é
toda e inteiramente das estrelas cujo brilho nos leva a sonhar para além de
nossa condição humana.
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