quarta-feira, 23 de junho de 2021

Uma Aventura Lego


 Existem projetos que escancaram a necessidade artística de ser realizado em animação pelo simples fato de que sua premissa –na fantasia irrestrita do processo criativo que a originou –se faz humanamente impossível. A Pixar tornou-se craque nisso; assim como o gênio Hayao Miyazaki. Seguindo essa herança, Christopher Miller e Phil Lord obedecem a mesma orientação em “Uma Aventura Lego”.

A primeira animação para cinema a abordar o universo de pequenas peças infantis que conseguem montar qualquer coisa conta a história de Emmet (voz de Chris Pratt), um feliz e genérico cidadão arremessado subitamente numa Jornada tão insana quanto inesperada.

Ao avistar (e de lambuja, ainda se apaixonar!) por uma garota nas obras da construção em que trabalha como operário civil, Emmet acaba descobrindo uma tal de “peça de resistência”.

Colado à essa peça (!), Emmet é conduzido por essa garota, Megaestilo (voz de Elizabeth Banks) até outros mundos composto de peças lego, para muito além da cidade em que sempre viveu, onde os moradores são controlados (e idiotizados) pelo todo poderoso Presidente Negócios (voz de Will Ferrell).

Tal vilão, de posse de uma arma conhecida apenas como “gluca” pretende escravizar todos os mundos lego que existem –mesmo aqueles para além de seu alcance –a “peça de resistência”, ao que parece, é a única coisa capaz de impedi-lo, e o indivíduo preso a ela (o pobre Emmett) está predestinado a ser o “especial”, o único herói capaz de salvar a todos. Para isso, Emmett deve encontrar outros mentores em sua jornada –entre eles participações (na versão lego) de Gandalf (de “O Senhor dos Anéis”), Dumbledore (de “Harry Potter”), Batman (personagem tão sensacional que originou o longa-metragem derivado “Lego-Batman”) e até mesmo Han Solo e Chewbacca (de “Star Wars”) –e com eles aprender a ser um “mestre construdor”, ou seja, ter a habilidade de montar, com as pecinhas lego à disposição nos vastos mundos que visita, qualquer coisa que quiser.

Essa sinopse não dá conta de toda a inventividade de “Uma Aventura Lego”, uma vez que seus realizadores valem-se do formato para experimentar as mais variadas peripécias narrativas chegando, em seu clímax, a trazer seu protagonista para o nosso mundo real (!), onde ele é, deveras, um bonequinho lego, um brinquedo a fazer parte das brincadeiras imaginadas por um garotinho.

Uma gratificante aventura em animação cujas alternativas não parecem ter limites para seus intrépidos criadores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário