domingo, 22 de novembro de 2015

Jogos Vorazes - A Esperança Parte Final

E então chegou a hora. Chegou da hora de descobrir qual será o desenlace da guerra que irá transformar Panem para sempre.
Chegou a hora de sabermos para qual lado penderá o coração de Katniss: se para o lado de Peeta, o garoto com quem ela sobreviveu aos Jogos Vorazes no primeiro filme, e ao Massacre Quaternário, no segundo, e que no terceiro viu ser transformado numa arma para matá-la; ou se para o lado de Gale, o seu melhor amigo, com quem ela aprendeu a caçar para alimentar a mãe e a irmã, e que era a única pessoa em quem ela confiava, pelo menos, até ser levada para os Jogos, e tudo então se transformar.
Chegou, afinal, a hora de acompanharmos esses personagens, e cada um de seus percalços nos últimos passos de sua trajetória.
Tantas são as tramas, tantas são as emoções herdadas de todos os filmes anteriores, que é quase impossível este aqui não ter uma atmosfera toda especial, e o diretor Francis Lawrence parece ter completa consciência disso: Cada enquadramento, cada cena é um esforço de pura minúcia em fazer desta uma obra condizente com sua fonte literária: Os livros escritos por Suzanne Collins, relatando a saga da menina Katniss Everdeen, com emoções vivazes, uma conscientização inédita de seu público em relação às mazelas do mundo ao seu redor, e uma dedicação rigorosa ao critério da necessidade: Tudo, absolutamente tudo está ali a serviço da história, e Suzanne Collins não tem dó de sacrificar seus personagens (mesmo os mais queridos), nem as emoções do público, em nome desse princípio.
Nos vinte minutos finais, o filme parece nos lembrar (em pequenos e preciosos detalhes) que “Jogos Vorazes” está chegando ao seu fim: Não mais veremos Katniss outra vez (e na interpretação cheia de força e de vida de Jennifer Lawrence, essa constatação ganha ainda mais tristeza); não mais veremos Josh Hutcherson interpretar Peeta Melark (e, talvez, por perceber isso, aqui, o ator finalmente dá ao personagem toda a energia que ele merecia). Este filme, é portanto, a despedida de todos eles. Gale Hawthorne, Effie Trinket, Haymitch, Prim, Finnick. Todos aqueles cujos destinos acompanhamos no coração dessa revolução.
A câmera de Francis Lawrence enlaça seus personagens, num ritmo todo particular, como se o diretor fosse incapaz de deixá-los partir para sempre.
Ao fim, após tantas cenas poderosamente tensas, de perigos desconcertantes, e sensações atrozes, ele escolhe encerrar seu filme em família, lembrando-nos aquilo que é mais precioso.

Não poderia ser melhor.

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