Foi em 2005 que George Lucas lançou o Episódio
3, que amarrou em definitivo as pontas soltas de toda a saga concebida por ele,
e que, por conta disso, foi o mais esperado de todos. Muitos eram os que tinham
esperanças de que fosse, dentre os capítulos da nova trilogia, aquele que mais
se aproximasse da “trilogia clássica”.
Em parte, alguns foram recompensados: Este é,
provavelmente, o melhor filme da nova trilogia.
Outros, porém, não: Ele ainda padece de muitos
problemas que acometeram os capítulos anteriores.
As Guerras Clônicas transcorrem deixando
profundas marcas em toda a galáxia. Os Jedi, numa manobra quase desesperada,
estão prestes a encerrá-la ao caçar universo afora o hediondo e cibernético
General Graivius.
Mas a mente por trás de tudo,o Chanceler
Palpatine, identidade do lorde de Sith, Darth Tyrannus, já tem outros planos:
valer-se da fragilidade e desequilíbrio emocional do recém-consagrado jedi
Anakin Skywalker, e convertê-lo para o lado negro da força. Feito isso,
Palpatine terá nele um novo e poderosíssimo aprendiz, Darth Vader, que lhe
proporcionará seu intento; converter a República Galáctica em seu Império.
Único obstáculo no caminho de Palpatine e Darth Vader, os cavaleiros Jedi devem
então ser eliminados, o que leva Vader e seu ex-mestre, Obi-Wan Kenobi, a um
duelo devastador e que definirá os rumos da história.
Não há dúvida de que as tramas convergem para
este derradeiro (e bastante sombrio) capítulo, e ele alcança relativo sucesso
em amarrá-las, tornando coesa a trama de toda a saga como um todo. O grande
problema é o gosto amargo que fica na boca ao pensarmos que quase toda uma
trilogia de filmes foi desperdiçada, com argumentos bastante pífios, para
concretizar esse objetivo.
George Lucas emoldurou seus novos "Star
Wars" com toda a parafernália que fazia o figurino de seus filmes
inaugurais: E que passaram a definí-los desde então -a tecnologia de ponta com
a qual se materializou imagens inacreditáveis de uma galáxia muito distante,
seus personagens alienígenas e seus vastos e diversos lugares. Mas o mesmo
George Lucas cometeu o erro de achar que esse era o cerne de "Star
Wars" quando na verdade não passa de sua moldura. A trilogia terminou
ausente de empatia com seu personagem principal -Anakin Skywalker -e desprovida
da identificação poderosa que a "trilogia clássica" obteve em todos
os âmbitos de seu tempo.
Uma lição preciosa que o
diretor J.J. Abrahams, felizmente, soube aplicar com bom senso e primor
irrestrito no fabuloso Episódio 7.
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