Se o primeiro filme falava sobre o medo, o
segundo filme falou, sem dúvida, sobre o caos. E que melhor personagem para
representar o caos do que o Coringa? Após realizar um filme cuidadoso e
primoroso sobre a origem do herói (e deixar, no final, um gancho perfeito para
a introdução desse vilão no segundo filme), Christopher Nolan sentiu-se a
vontade para fazer o filme do Batman que sempre quis usando influências magníficas
de clássicos policiais norte-americanos como "Um Dia de Cão" e
"Serpico".
Mas seu golpe de gênio foi conseguir Heath Ledger para compor o Coringa, trazendo para seu filme uma presença arrasadora: É um vilão inesquecível, que levanta profundas reflexões sobre as implicações sociais da psicopatia.
Embora recheado de cenas épicas de ação (o ataque à um prédio na China, a perseguição ao caminhão-forte e a tensa operação final não me deixam mentir), a essência a que este primor de roteiro se propõe está na dinâmica, carregada de significado e intimismo entre Batman/Bruce Wayne (Christian Bale, irrepreensível), o Coringa (Ledger dispensa comentários) e o promotor público Harvey Dent (Aaron Eckhart, fabuloso), cuja jornada íntima e psicológica rumo à insanidade e à identidade do Duas-Caras é um das jogadas de gênio do roteiro.
Mas seu golpe de gênio foi conseguir Heath Ledger para compor o Coringa, trazendo para seu filme uma presença arrasadora: É um vilão inesquecível, que levanta profundas reflexões sobre as implicações sociais da psicopatia.
Embora recheado de cenas épicas de ação (o ataque à um prédio na China, a perseguição ao caminhão-forte e a tensa operação final não me deixam mentir), a essência a que este primor de roteiro se propõe está na dinâmica, carregada de significado e intimismo entre Batman/Bruce Wayne (Christian Bale, irrepreensível), o Coringa (Ledger dispensa comentários) e o promotor público Harvey Dent (Aaron Eckhart, fabuloso), cuja jornada íntima e psicológica rumo à insanidade e à identidade do Duas-Caras é um das jogadas de gênio do roteiro.
“Batman-O Cavaleiro das Trevas” pegou muitos de
surpresa, pois o que Nolan fez foi não só aprimorar e aperfeiçoar tudo o que já
era sensacional no primeiro filme, mas levou essa proposta de escalada num
nível inimaginável: O novo filme estava num patamar que até hoje as adaptações
de quadrinhos atuais penam para igualar (e aí, incluo o novo filme com Batman,
aquele no qual ele luta com Superman...). Christopher Nolan realizou uma obra
que a um só tempo é um exemplo da preciosismo referencial de tudo o que
funcionou nos filmes policiais dos anos 1970, uma adaptação esplêndida e
poderosa das HQs, e um trabalho admirável de cinema.
Em meio
à tudo isso, a única constatação amarga foi o lamento de que o magnífico Heath
Ledger tenha nos deixado tão cedo... Dessa forma, um único e magistral filme
com o Coringa teve que bastar...
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