Harry Potter e
As Relíquias da Morte-Parte 1
O início do fim. Talvez por razões
mercadológicas, talvez na intenção de preservar a integridade da obra (ou
talvez por ambas as razões), o último livro foi dividido em dois filmes, sob o
pretexto de todas as revelações contidas na obra serem mantidas, sem a
necessidade de resumos ou abreviações. Esse mesmo pretexto foi adotado, mais
tarde, em outras sagas como “Jogos Vorazes” e no já citado “Crepúsculo”, com
resultados bastante díspares. A verdade é que, pelo menos nesta primeira parte,
o recurso foi bastante interessante, possibilitando que passagens inteiras (e
muito reveladoras) do livro ficassem intactas.
No sétimo ano (em que completa sua maioridade),
o jovem Harry Potter toma a decisão de percorrer o mundo em busca das
horcruxes; objetos descobertos no filme anterior, e que são os fragmentos
extraviados da alma do perverso Voldemort, portanto, a única maneira de
matá-lo. A decisão de Harry vem numa hora crucial, já que o Ministério da Magia
é tomado pelos Comensais da Morte, que impõem uma perseguição mortal aos
trouxas, e Hogwars, a até então segura Escola de Magia, é controlada pelo agora
diretor Severo Snape (o grande Alan Rickman), o frio assassino de Alvo
Dumbledore.
Junto de Harry, estão seus amigos Ron Weasley e
Hermione Granger, as únicas companhias que Harry terá nessa angustiante
cruzada.
Harry Potter e
As Relíquias da Morte-Parte 2
E foi assim que David Yates –o diretor mais
longevo a lidar com a saga “Harry Potter” –chegou a este oitavo filme, o quarto
sob sua direção.
A divisão do livro derradeiro em dois filmes,
que funcionou tão bem no filme anterior, não se revela tão harmônica neste
último, sobretudo porque eles insistiram (mesmo adaptando somente os 40 %
finais do livro) em resumir à uma montagem rápida, quase videoclipe, o grande
momento do filme (a história de Severo Snape), enquanto deram mais espaço à
segmentos mais desnecessários, como a batalha final propriamente dita, cheia de
inserções novas que estendem a trama sem razão.
Essas decisões tiraram a possibilidade de concretizar
um filme perfeito no sentido de adaptação, mas Yates ainda sim realizou um
trabalho magnífico (e que continua espetacular, anos depois, especialmente em
comparação com as sagas juvenis que o precederam).
Neste capítulo final faltam relativamente poucas
horcruxes para Harry, Ron e Hermione reunirem. Muitos sacrifícios já foram
realizados. Outros tantos estão por vir. E os itens que restam certamente serão
encontrados na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, local onde agora os
Comensais da Morte se apinham, orientados pelo soturno Severo Snape.
O retorno a Hogwarts fará,
portanto, Harry Potter confrontar seu maior inimigo que assassinou seus pais e
lhe relegou o pesado destino de "salvador", assim como o próprio
Severo Snape e o grande segredo que ele guardou durante toda a saga.
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