domingo, 14 de fevereiro de 2016

O Senhor dos Anéis - As Duas Torres

A segunda parte da "trilogia do anel" chegou aos cinemas um ano depois da primeira, desta vez, com a missão de manter o extratosférico nível de qualidade mantido por "A Sociedade do Anel".
Em grande parte, ele atingiu seu objetivo: "As Duas Torres" é uma experiência cinematográfica poderosa, onde as três horas que se seguem são tão habilmente preenchidas por sequências memoráveis que não há, absolutamente, o quê falar dele.
Mas, há sim, o quê se falar...
Talvez, seja o fato de ser o capítulo do meio (e, por conseguinte, não ter um início e nem ter um fim), mas a narrativa, pela primeira e talvez única vez em toda a saga sofre uma ligeira pressão no segundo terço -e é sabido que, devido à decisão de jogar muitos dos acontecimentos pertinentes ao livro para o terceiro filme, os roteiristas Phillipa Boyens, Fran Walsh e o próprio Peter Jackson, tiveram que criar material original que preenchesse a duração e não deixasse este filme não destoante em relação aos dois outros.
Na verdade, era uma decisão antiga que afetou este filme do meio: Quando levou a ambiciosa proposta de adaptar "O Senhor dos Anéis" à produtora New Line, oito anos antes, a ideia de Jackson e sua turma era simplificar as coisas adaptando toda a trilogia em dois filmes. Foram os próprios produtores quem sugeriram manter o formato original de trilogia, obringando-os a rever os roteiros que já estavam prontos.
O resultado trouxe ligeira irregularidade à este "As Duas Torres", embora isso não importe em nada: Comparado com qualquer outro filme, este daqui permanece sendo uma das obras mais bem acabadas do cinema, o quê só confirma o quão elevado foi o padrão de qualidade adotado para a trilogia.
Na trama, acompanhamos agora várias narrativas paralelas a partir do destino dos personagens que vimos se desenhar no filme anterior: Frodo e Sam, cada vez mais embrenhados no território de Sauron precisam contar com a traiçoeira ajuda de Gollum para chegar ao seu destino, mas ele almeja o anel mais do que qualquer coisa; Aragorn, junto do elfo Legolas e do anão Gimli, encontram os cavaleiros do reino de Rohan, e também uma crescente ameaça ao reino dos homens -a Batalha do Abismo de Helm, assim sendo, se aproxima lentamente; enquanto isso, os hobbits Merry e Pipin se vêem numa tremenda enrascada envolvendo o centenário ent, Barbárvore.
Em meio à uma interminável sucessão de momentos sensacionais, destaca-se a atuação digital de Andy Serkis como Gollum: Nada menos que inovadora!

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