Saíram o nome de todos os indicados ao Globo de
Ouro, um dos prêmios mais importantes da temporada que pavimenta o caminho para
o prêmio maior, o Oscar.
Vamos às indicações e às considerações
(lembrando que aqui só serão mencionados os indicados de cinema):
Melhor filme dramático
"Me chame pelo seu nome"
"Dunkirk"
"The post"
"A forma da água"
"Três anúncios para um crime"
De imediato já se lamenta a ausência de Denis
Villeneuve e seu primordial “Blade Runner 2049”. Mas os cinco indicados até que
resumem bem o supra-sumo qualitativo do ano, com o elogiado filme de Guillermo
Del Toro surpreendentemente superando em indicações os trabalhos de Nolan e
Spielberg.
Melhor ator em filme dramático
Timothée Chalamet, "Me chame pelo seu
nome"
Daniel Day Lewis, "Trama fantasma"
Tom Hanks, "The post: A guerra
secreta"
Gary Oldman, "O destino de uma nação"
Denzel Washington,
"Roman J. Israel, Esq."
Com a exceção do jovem Timothée Chalamet por
"Me Chame Pelo Seu Nome", esta categoria vem dominada por veteranos:
Daniel Day Lewis, no seu alardeado último filme da carreira, Tom Hanks, no que
parece ser mais uma colaboração vencedora com Steven Spielberg, Denzel
Washington, em mais uma costumeira amostra de seu brilhantismo. Todos já
possuem mais de um Globo de Ouro debaixo do braço, o único que jamais
conquistou o prêmio é Gary Oldman, espero que este seja o seu ano.
Melhor atriz de filme dramático
Jessica Chastain, "A grande jogada"
Sally Hawkins, "A forma da água"
Frances McDormand, "Três anúncios para um
crime"
Meryl Streep, "The
post: A guerra secreta"
Michelle Williams, "Todo o dinheiro do
mundo"
Os rumores apontam um possível domínio de
Frances McDormand nesta temporada: Ao que parece, seu trabalho em “Três
Anúncios Para Um Crime” iguala sua premiada atuação em “Fargo”. Mas, ainda dá
para torcer por Jessica Chastain, impecável como sempre no primeiro filme dirigido
pelo prestigiado roteirista Aaron Sorkin, por Sally Hawkins, maravilhosa
interpretando uma surda-muda na bizarra história de amor de Del Toro e até por
Michelle Williams no filme de Ridley Scott.
Em meio à todas, ela, sempre ela, Meryl Streep,
desta vez sob a direção de ninguém menos que Steven Spielberg, o quê deve pesar
e muito na decisão de quem premiar...
Melhor diretor
Guillermo del Toro, "A forma da água"
Martin McDonagh, "Três anúncios para um
crime"
Christopher Nolan, "Dunkirk"
Ridley Scott, "Todo o dinheiro do
mundo"
Steven Spielberg, "The Post"
Por alguma estranha razão, as premiações
revelam-se rabugentas com as obras de Christopher Nolan nesta categoria –ele aparece
aqui, com a esperança de um reconhecimento pairando no ar, mas certamente terá
de superar a elogiada produção de Spielberg e mais ainda, o favoritismo que
parece estar se construindo em torno de Del Toro.
Curiosa também a lembrança de Ridley Scott por
um filme que está sendo mais falado pelo fato de terem removido a participação
de Kevin Spacey –trocado por Christopher Plummer –já durante a pós-produção, em
razão de denúncias de assédio sexual.
Melhor filme de comédia ou musical
"O artista do desastre"
"Corra!"
"O rei do show"
"I, Tonya"
"Lady Bird: é hora de voar"
Uma vez que relevamos o detalhe ridículo de
terem indicado numa categoria reservada para filmes de comédia uma obra de
terror (o ótimo “Corra!”), dá para dizer que os filmes indicados aqui até
superam os da categoria de drama.
Ao menos no fator curiosidade: Quer algo mais
interessante que um filme elogiadíssimo inspirado nos bastidores do pior filme
de todos os tempos (o infame “The Room”, de Tommy Wiseau), uma traquinagem
notável cortesia do ator James Franco.
A cotação dos demais, “O Rei do Show”, “I,
Tonya” e “Lady Bird” não poderia ser melhor.
Resta saber qual deles irá despontar como
favorito. Por ora, muito se fala de “O Rei do Show”, mas minha aposta vai para
James Franco e seu “O Artista do Desastre”.
Melhor atriz em filme de comédia ou musica
Judi Dench, "Victoria e Abdul: o
confidente da rainha"
Helen Mirren, "The
Leisure Seeker"
Margot Robbie, "I,
Tonya"
Saoirse Ronan,
"Lady Bird"
Emma Stone, "A guerra dos sexos"
A ganhadora do ano passado, Emma Stone
surpreendeu emplacando mais uma indicação, agora por um filme muito bem avaliado
dos mesmos diretores de “Pequena Miss Sunshine”. Aparentemente, suas maiores
concorrentes são a linda Margot Robbie, que surpreendeu meio mundo com a força
de sua atuação em “I, Tonya” e a sensacional dama inglesa Judi Dench por “Victoria
e Abdul”.
Emma e Margot que me perdoem, mas minha torcida
é dela!
Melhor ator em filme de comédia ou musical
Steve Carell, "A guerra dos sexos"
Ansel Elgort, "Em ritmo de fuga"
James Franco, "O artista do desastre"
Hugh Jackman, "O
rei do show"
Daniel Kaluuya,
"Corra!"
Adorei a indicação de Ansel Elgort –esse garoto
vai longe! –como também a do sempre carismático Hugh Jackman (num papel que tem
bem a cara dele, de ‘showman’) e, vá lá, a do talentoso Daniel Kaluuya (embora
eu insista: O filme dele não é comédia!!!).
No entanto, por uma série de razões é James
Franco, pelo já memorável “O Artista do Desastre” quem merecia a supremacia
nesta temporada de prêmios.
Melhor atriz coadjuvante
Mary J. Blige, "Mudbound"
Hong Chou, "Pequena grande vila"
Allison Janney, "I, Tonya"
Laurie Metcalf, "Lady Bird: É hora de
voar"
Octavia Spencer, "A forma da água"
Melhor ator coadjuvante
Willem Dafoe, "Projeto Flórida"
Armie Hammer, "Me chame pelo seu
nome"
Richard Jenkins, "A forma da água"
Christopher Plummer, "Todo o dinheiro do
mundo"
Sam Rockwell, "Três anúncios para um
crime"
Há um comentário subliminar na indicação de
Christopher Plummer por um filme no qual ele entrou aos quarenta e cinco do
segundo tempo, substituindo o ator original Kevin Spacey. Mas, Plummer é um
ator fenomenal e não tenho dúvidas de que merece a lembrança.
No mais há uma certa tendência em reconhecer o
trabalho de Willem Dafoe que pode se sair bem na temporada de premiações, seu
maior concorrente é, sem duvidas, Armie Hammer.
Melhor animação
"O Poderoso Chefinho"
"The Breadwinner"
"Viva: A vida é uma festa"
"O touro Ferdinando"
"Com amor, Van Gogh"
“Viva-A Vida É Uma Festa”, da Pixar, ainda não
estreou aqui no Brasil, mas vem arrebatando público e crítica mundo afora, como
é habitual do estúdio, o que já fez dele o favorito da categoria contra obras
curiosas como o lírico “Com Amor, Van Gogh” ou a recriação nos tempo de hoje
(leia-se, em computação gráfica) do cultuado curta animado “O Touro Ferdinando”,
pelo brasileiro Carlos Saldanha.
Melhor canção original
"Home", "O touro
Ferdinando"
"River", "Mudbound"
"Viva: a vida é uma festa"
"The star",
"The star"
"This is me",
"O rei do show"
Melhor trilha sonora
Carter Burwell, "Três anúncios para um
crime"
Alexander Desplat, "A forma da água"
Johnny Greenwood,
"Trama fantasma"
Hans Zimmer,
"Dunkirk"
John Williams,
"The post: a guerra secreta"
Melhor filme estrangeiro
"Uma mulher fantástica" (Chile)
"First they killed
my father" (Camboja)
"In the fade"
(Alemanha)
"Loveless"
(Rússia)
"The square" (Suécia)
Por aqui, pelo menos, nada do nosso “Bingo-O
Rei das Manhãs”... Dentre estes cinco, os mais falados e comentados são “First
They Killed My Father”, dirigido por Angelina Jolie e com todo o engajamento
que se espera dela, e “The Square”, o filme sueco estrelado por Elizabeth Moss (da
série “Mad Men”) e vencedor da Palma de Ouro no último festival de Cannes.
Melhor roteiro
"A forma da água"
"Lady Bird"
"The Post: a
guerra secreta"
"Três anúncios para um crime"
"A grande jogada"
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