Eis que este blog completa hoje, neste dia 26 de Julho de 2025, uma década de existência quando, há dez anos atrás, eu iniciei este espaço com a resenha de “Jurassic World”. Foram dez anos cheios de transformações. Escrevi alguns livros. Li outros tantos. Saí de um emprego de quinze anos e arrumei outro –onde espero permanecer por muito tempo. E assisti filmes. Muitos filmes.
É possível observar um panorama desigual do
cinema moderno durante esses dez anos em que, até aqui, o Ato Cinematográfico existiu: Entre 2015 e 2025, a indústria
cinematográfica sofreu reviravoltas inesperadas. As antigas videolocadoras
rapidamente viraram histórias de museu (com sua história contada no maravilhoso
documentário “Cinemagia”), substituídas pelo avanço implacável das plataformas
de streaming; A Marvel Studios experimentou seu auge (com “Vingadores-Ultimato”)
e hoje luta para evitar o próprio declínio (com fracassos como “As Marvels”);
Grandes diretores como Denis Villeneuve se sagraram com obras antológicas (“A Chegada”, depois “Blade Runner 2049” para então nos entregar os magníficos “Duna-Parte1” e “Duna-Parte 2”); Christopher Nolan alcançou sua aclamação com “Oppenheimer”;
Franquias encontraram seu final (“Star Wars-A Ascensão Skywalker”), enquanto
outras despontaram para novas jornadas (“The Batman” ou “Mad Max-Estrada da Fúria”).
Perdemos Hector Babenco (“O Beijo da Mulher-Aranha”), David Bowie (“Labirinto-A Magia do Tempo”), Bernardo Bertolucci (“O Céu Que Nos Protege”), William Hurt (“Viagens Alucinantes”), José Mojica Marins, Andrzej Zulawski (“Possessão”), Cacá Diegues
(“Bye Bye Brasil”), David Lynch (“O Homem Elefante”) e tantos outros;
Entretanto, “ganhamos” Damien Chazelle (“Babilônia”), Edward Berger (“Conclave”),
Sydney Sweeney (“Os Observadores”), Coralie Fargeat (“A Substância”); Florence Pugh ("Lady Macbeth"), Glen
Powell (“Assassino Por Acaso”), Timothé Chamalet (“Me Chame Pelo Seu Nome”),
Ryan Coogler (“Pecadores”) e Sean Baker (“Anora”); o Brasil finalmente ganhou
um Oscar de Melhor Filme Internacional (“Ainda Estou Aqui”); como sempre o cinema
se adaptou às novas tecnologias, atravessou uma pandemia para tirar as pessoas
de dentro de suas casas com “Homem-Aranha Sem Volta Para Casa”, e segue
passando por tendências, constantes reinvenções e refletindo o tempo e o mundo
à sua volta.
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